Alunos da escola municipal Indígena Amoo’ko Peri Ingaricó, na comunidade indígena Área Única, no Uiramutã, participaram na manhã desta terça-feira (16), da festa de formatura que oficialmente encerrou o ano letivo de 2025.
O coordenador pedagógico da Educação municipal, responsável pela Área de Voo, Glênio Barbosa Andrade, informou que 10 alunos do 1º ano do Ensino Fundamental se formaram na Área Única, localizada na terra indígena Raposa Serra do Sol, no extremo norte de Roraima.
Segundo Glênio, cerca de 215 alunos Ingaricó, distribuídos em 13 escolas municipais, cursaram este ano o ensino infantil na Serra do Sol, que fica a 72 quilômetros da sede do município, em uma das regiões mais remotas de Roraima, de difícil acesso, cercada por rios e serras.
Mesmo com tantas dificuldades impostas pela natureza, de acordo com a pasta, a Educação municipal não mede esforços e proporciona a mesma qualidade de ensino às crianças do povo Ingaricó, adotando políticas públicas adequadas e respeitando a autonomia e a cultura de cada povo.
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O povo Ingaricó habita a região de fronteira entre Roraima, Guiana e Venezuela. No Brasil, eles vivem no extremo Norte do Estado, especificamente na porção serrana da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no Uiramutã.
Os Ingaricó habitam as cabeceiras dos rios Cotingo e Maú, em uma área de sobreposição entre a Terra Indígena Raposa Serra do Sol e o Parque Nacional do Monte Roraima. Por viverem em áreas de difícil acesso nas serras, são frequentemente chamados de “povo do céu”.
Este povo pratica a religião Areruya (ou Aleluia), uma doutrina que mescla elementos tradicionais indígenas com influências do cristianismo, centrada em cantos e danças rituais. Os ingaricó vivem em cerca de 13 comunidades no Brasil, preservando hábitos tradicionais devido ao isolamento geográfico, mantendo contatos apenas esporádicos com centros urbanos.
