De que adianta juntar latinhas e sacos nos balneários e continuar jogando bosta no rio Branco, maior manancial de água potável de Roraima?
Pois é. A Caer, tocada pelo senador Mecias de Jesus, faz hoje campanha de limpeza nos balneários, mas moradores do Mecejana, por exemplo, estão indignados porque a mesma Caer despeja esgoto sem tratamento no igarapé Jararaca, que corta todo o bairro.
O técnico de fibra óptica, Emanuel Honório, de 37 anos, não consegue mais nem respirar por causa do forte odor que exala do igarapé, que passa por trás de sua casa. O esgoto cai direto no leito.
Ele mora no Mecejana há seis anos e desde então convive com o problema. A situação piora no no verão.
“Não conseguimos nem comer direito, junta muita mosca e a casa precisa ficar o dia todo fechada. O cheiro está insuportável”, reclamou.
Além disso, o morador conta que já tentou entrar em contato com a Caerr, mas foi em vão.
“Gostaria que as autoridades competentes tomassem atitude para averiguar de onde esse esgoto está vindo. Todos que moram próximo ao igarapé também passar por esse problema”, relatou.
Moradores do Calungá também passam pelo mesmo problema. A Caer despeja o esgoto no igarapé Caxangá, que deságua no rio Branco, de onde vem a água que o boa-vistense bebe.
“Explícito crime ambiental, um atentado à saúde pública. Cadê o MP que não vê isso? A Caer joga bosta nos igarapés que desaguam no rio Branco e ninguém toma providências?”, reclamou um morador do Calungá.
Blá, blá, blá…
Em nota, a Caer informou que enviou uma equipe ao Mecejana para verificar o problema e tomar as providências (me engana que eu gosto).
Na semana passada, a Caer informou a mesma coisa aos moradores do Calungá. Disse que ia mandar equipe, coisa e tal… só balela. A Companhia continua despejando bosta no Caxangá.
