A informação como você nunca viu

Foto: Divulgação
ja e desem
Mozarildo e Jalser, amigos de longas datas
CUSTE O QUE CUSTAR

Jalser quer voltar à presidência

Quem vai decidir? O mesmo juiz que suspendeu o processo de cassação do deputado miliciano

Falta de vergonha, cinismo escancarado na cara. O condenado e presidiário Jalser Renier, único deputado miliciano do Brasil, pediu hoje, dia 2, ao TJ de Roraima, para ser reconduzido à presidência da Ale/RR. Sabe quem vai decidir? O desembargador Mozarildo Cavalcante, o mesmo que suspendeu o processo de cassação do deputado miliciano na Casa do Povo.

Na cara dura, o fuleiro também pediu novamente que o processo de quebra de decoro parlamentar, que tramita na ALE-RR, seja suspenso. Jalser argumenta estar sendo vítima de “perseguição política”.

O deputado miliciano foi o mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro do ano passado, por isso há vários pedidos para a devida cassação do seu mandato.

Quanto à recondução à presidência, Jalser argumenta que o STF permitiu a recondução da mesa diretora em outras ALE’s. Assim, a defesa quer que a Justiça de Roraima aplique o mesmo entendimento ao caso dele. Contudo, o Supremo ainda não julgou o caso de Renier.

 

Afastamento

Jalser seguia para o quarto mandato como presidente da Casa. Contudo, o ministro Alexandre de Moraes aplicou, no dia 25 de janeiro, o entendimento da Corte, e mandou afastar o deputado miliciano e ser feita uma nova eleição. Foi quando Sampaio foi legalmente eleito como presidente da Casa.

De acordo com o ministro, a não recondução de presidentes de Casas Legislativas Estaduais segue a mesma linha da Presidência da República. Isso quer dizer que ser reeleito apenas uma vez para o cargo de maneira sucessiva.

Jalser ainda afirmou que a convocação da eleição na Assembleia tinha sido irregular. À época, a Justiça negou todos os pedidos do fuleiro.

 

Iminente cassação

O PSL foi quem entrou com uma representação para cassar o mandato de Jalser. O processo estava em discussão na Comissão de Ética da Casa, mas Mozarildo interferiu no poder Legislativo e adiou o processo de cassação.

Conforme a decisão do desembargador, o procedimento permanece suspenso até o julgamento do recurso. Ou seja, as oitivas não devem ocorrer até que ele julgue o pedido em definitivo.

Publicidade

Veja também:

Publicidade