Sem ter mais como segurar a “batata quente”, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), André Mendonça, devolveu à Corte, na tarde desta quarta-feira, dia 5, o iminente processo de cassação do governador Antônio Denarium (Progressistas) e do vice Edilson Damião (Republicanos).
A devolução ocorreu no último minuto do prazo estipulado, após o segundo pedido de vista solicitado por Mendonça que, concidentemente, é sócio do governo de Roraima, que assinou contrato de R$ 273 mil com o Instituto Iter, empresa privada de ensino fundada, advinha por quem? Pelo Mendonça.
Denarium, que só tem a cara de leso, responde a uma ação desenfreada na Justiça Eleitoral por cometer uma desavergonhada e explícita compra de votos nas eleições de 2022. Tanto é que a chapa dele foi condenada quatro vezes pelos magistrados de Roraima, em vão.
Mas agora, com a devolução, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, poderá novamente colocar o processo na pauta de julgamento. O voto da ministra relatora Isabel Gallotti foi favorável à cassação. A velha de toga deixou bem claro que é preciso realizar eleição suplementar para o Governo de Roraima.
Só que, como diz o ditado: “quem tem dinheiro se respeita”, os demais magistrados, casos queiram, também poderão pedir mais uma eternidade para analisar a ação, tudo porque há limite de solicitações para pedidos de vista, ou seja, se Denarium continuar pagando, só será cassado quando Jesus voltar.