Homens de preto da Federal deflagraram nesta quarta-feira, dia 26, a operação Déjà Vu para aprofundar a investigação sobre a prisão de três picaretas flagrados este ano, na porta de um banco na Capital, com R$ 510 mil em dinheiro vivo. Os federais cumprem seis mandados de busca e apreensão em Boa Vista e um na casa do ex-prefeito Joner Chagas (Republicanos), em Bonfim, na região Nordeste de Roraima.
A empresária Mariângela Moletta, o esposo Emiliano Natal do Nascimento e a filha do casal, Juliana Moletta Nascimento, também são alvos da operação. O trio foi preso em flagrante com meio milhão em setembro passado, quando saiam de uma agência bancária em Boa Vista.
A Justiça de Roraima determinou bloqueio e sequestro de bens dos envolvidos, valor que supera R$ 2 milhões, além da apreensão de bens e suspensão imediata do contrato da empresa investigada Prosolo com a Prefeitura de Bonfim.
Atualmente, a Prefeitura de Bonfim é administrada por Romualdo Feitosa (Republicanos). Ontem, dia 25, a vice-prefeita do Bonfim, Lisete Spies (Republicanos) foi alvo de operação da PF, que cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Boa Vista e Bonfim.
A investigação apura maracutaias em contratações emergenciais realizadas pela Secretaria Municipal de Saúde do Bonfim durante a pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2021. À época, Spies era a secretária de saúde do Bonfim.
“Déjà Vu”
A operação de hoje da PF apura fraudes em licitações e desvio de recursos destinados à manutenção de estradas vicinais no interior do Bonfim. A investigação começou em 30 de setembro, com a prisão de Mariângela, Emiliano e Juliana com R$ 510 mil em espécie na porta de um banco na Capital.
As apurações indicaram vínculo com medições fraudulentas e um esquema envolvendo empresa contratada para recuperar estradas vicinais que, apesar de contratos acima de R$ 40 milhões, não possuía estrutura física ou operacional compatível.
Com base nos elementos apurados, a PF identificou um grupo organizado, atuando de forma coordenada para cometer crimes como fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e associação criminosa, utilizando empresa de fachada e movimentações financeiras suspeitas. A maracutaia é associada ao ex-prefeito Joner Chagas.