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Foto: Divulgação
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Rio Uraricoera, na terra Yanomami, é um dos mais contaminados pelo garimpo clandestino
NA TERRA YANOMAMI

Sete rios estão contaminados com mercúrio

Poluição é causada pelo garimpo clandestino; peixes apresentam altos índices de contaminação; risco à saúde dos povos tradicionais

A WWF-Brasil, organização não governamental voltada para a preservação do meio ambiente, divulgou hoje, dia 31 um estudo indicando que sete rios na terra Yanomami e três afluentes estão contaminados por mercúrio, por isso os peixes apresentam um alto índice de contaminação, o que coloca em risco a saúde dos indígenas da população em geral.

Os rios poluídos são: Parima, Uraricá, Amajari, Apiaú, Uraricoera, Mucajaí e o Couto de Magalhães. As afluentes são: Auaris, Trairão e Ereu, na bacia do rio Uraricoera, o maior da região.

Os rios foram poluídos por garimpeiros ilegais que usam mercúrio durante a extração de minérios. A bacia do Uraricoera é a via fluvial mais usada pelos garimpeiros para entrar na terra Yanomami. O rio Mucajaí também é muito afetado pelo garimpo criminoso na mesma região.

O estudo usa um modelo baseado na probabilidade, desenvolvido pela Agência Ambiental Americana (U.S. Environmental Protection Agency – USEPA), para projetar a distribuição e bioacumulação de mercúrio em grandes bacias amazônicas. A concentração do metal foi analisada com base nos dados do Observatório do Mercúrio, uma plataforma desenvolvida pelo WWF-Brasil em parceria com outras instituições.

Usado por garimpeiros para separar o ouro de outros sedimentos e, assim, deixá-lo “limpo”, o mercúrio é um metal altamente tóxico ao ser humano. Após ser usado, ele é depositado nos rios — processo que passa pela evaporação do material e circulação na atmosfera, causando poluição ambiental. Além disso, entra na cadeia alimentar dos animais e afeta diretamente a saúde da população, principalmente dos povos tradicionais.

O estudo apontou que o rio Uraricoera e o Mucajaí apresentam um maior potencial de bioacumulação de mercúrio em peixes. Os valores estão acima do limite aceitável de 0,5 µg/g, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os rios Parima, Uraricá e Amajari, e afluentes como Auaris, Trairão e Ereu na bacia do Uraricoera também apresentaram alto potencial de bioacumulação. Na bacia do rio Mucajaí, se destacam o rio Apiaú e o Couto de Magalhães.

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