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Foto: Divulgação
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Ramsés da Silva, cabo eleitoral do senador Mecias, ao lado do titular da Sesai, Robson Santos (de colete azul)
POLITICAGEM

Homem do Mecias assume Dsei-Y

Saúde Yanomami está nas mãos de um cabo eleitoral do senador republicano

O Ministério da Saúde “meteu o pé na bunda”, hoje, dia 17, do coordenador do Distrito Sanitário Yanomami (Dsei-Y), Rômulo Pinheiro, e nomeou para o cargo o ex-vereador de Mucajaí, Ramsés da Silva, que é filiado ao Republicanos, partido comandado em Roraima pelo senador Mecias de Jesus.

A demissão ocorreu a pedido do próprio Rômulo, segundo a galera da fofoca. Embora tenha tido uma gestão marcada por denúncias, Rômulo disse que não deixou o cargo por pressão política.

O pedido para deixar o principal cargo em Roraima, relacionado à saúde dos Yanomami, foi entregue ao secretário especial de Saúde Indígena, Robson Santos. Quem assume o cargo no lugar de Rômulo é o ex-vereador Ramsés.

Nas redes sociais, Ramsés publicou um vídeo ao lado do Robson, agradecendo a confiança. “Darei o meu melhor e farei o que estiver ao meu alcance pra promover e proteger a saúde dos povos indígenas”, disse (me engana que eu gosto).

 

Só maracutaia

Ao ficar desempregado, Rômulo disse ter feito “muito para a melhoria” da Saúde Yanomami. A gestão dele, no entanto, foi marcada por várias denúncias, como a falta de assistência dentro da Terra Yanomami, a a maior do Brasil.

Na gestão do Rômulo houve denúncia até de que servidores do Dsei trocaram vacinas do Corona por ouro. Nenhum servidor foi afastado pelo crime. Curumins Yanomami morreram por falta de socorro na terra indígena, onde postos foram fechados.

Além disso, em novembro, a empresa Voare Táxi Aéreo suspendeu os voos à Terra Yanomami devido a falta de pagamento. A suspensão dos voos afetou mais de 15 mil indígenas de 19 regiões.

Ainda em novembro, indígenas da comunidade Yaritopi construíram por conta própria um posto de saúde para abrigar as equipes de saúde.

 

Terra Yanomami

Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami tem quase 10 milhões de hectares entre os estados de Roraima e Amazonas, e parte da Venezuela. Cerca de 28 mil indígenas vivem na região em mais de 360 comunidades.

A área é alvo do garimpo ilegal de ouro desde a década de 1980. Mas, nos últimos anos, essa busca pelo minério se intensificou, causando além de conflitos armados, a degradação da floresta e ameaça a saúde dos indígenas.

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