O que todo mundo sabe foi oficialmente confirmado. Tiras da Civil concluíram o relatório do caso Romano dos Anjos. E advinha quem foi indiciado? Ele, mesmo! O ex-deputado miliciano Jalser Renier, junto com outros nove fuleiros integrante de uma organização criminosa.
O robusto calhamaço da investigação, assinado pelo paidégua delegado João Evangelista, já foi entregue à Justiça de Roraima e deve ser analisado pela 1ª instância, na Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas.
Evangelista, responsável pela força-tarefa que investiga o caso, afirma de forma contundente que a milícia comandada por Jalser era voltada “ao monitoramento de pessoas, espionagem e ações violentas contra adversários políticos e jornalistas críticos”.
As atividades iniciaram em 2015 e seguiram até 2021, período em que o fuleiro do Jalser presidia, na cara dura, a Assembleia Legislativa de Roraima. Toda milícia recebia pelo gabinete do Jalser.
Além do ex-deputado, oito policiais militares, milicianos, e um ex-servidor da Assembleia Legislativa se tornaram réus em junho deste ano pelo sequestro e tortura do gato do Romano. O hediondo e covarde crime ocorreu em outubro de 2020.
Jalser respondeu a processo na Casa por quebra de decoro, foi devidamente cassado e perdeu o mandato de deputado após 27 anos no poder, comprando tudo e todos com os milhões que roubou do povo.
A milícia monitorava pessoas que denunciavam o fuleiro do Jalser, entre elas até a procuradora-geral de Justiça, Janaína Carneiro, um funcionário da prefeitura de Boa Vista e outros jornalistas.
“O grupo estava disposto a qualquer tipo de medida necessária a perpetuar-se no poder e o sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos foi o ápice da empreitada criminosa”, sustentou o delegado.
Além de Jalser, os demais indiciados pelos crimes de constituição de organização criminosa e embaraço à investigação são:
Moisés Granjeiro De Carvalho (coronel)
Natanael Felipe De Oliveira Junior (coronel)
Paulo Cezar de Lima Gomes (tenente-Coronel)
Vilson Carlos Pereira Araújo (major)
Nadson José Carvalho Nunes (subtenente)
Clovis Romero Magalhães Souza (subtenente)
Gregory Thomaz Brashe Junior (sargento)
Thiago De Oliveira Cavalcante Teles (soldado)
Luciano Benedito Valério (ex-servidor)
Já o militar Bruno Inforzato e o servidor Willian Pereira foram indiciados pelo crime de embaraço nas investigações. Os policiais estão presos preventivamente desde setembro e outubro do ano passado.