Giovana de Queiroz, de 25 anos, e seu recém-nascido morreram no hospital estadual de Rorainópolis, Sul de Roraima. A família denuncia negligência médica. O bebê morreu após o parto. A mãe morreu no dia seguinte, na quinta-feira passada, dia 13.
A mãe de Giovana, Maria das Graças Góes, contou que a filha estava com nove meses de gestação quando, no dia 5 de janeiro, foi internada na maternidade do município, onde passou por um parto cesareano. Durante o parto, a médica chegou a subir na jovem e “amassou” a barriga dela.
O caso foi registrado na Polícia. A Sesau apenas lamentou e informou que está adotando as medidas necessárias.
O bebê, um menino, seria o sexto filho da Giovana. Ele chegou a nascer vivo, mas não resistiu e morreu no mesmo dia.
Mesmo se queixando de dores e falta de ar, Giovana recebeu alta hospitalar no dia seguinte ao parto. Ela continuou passando mal e procurou atendimento no Hospital Ottomar de Souza Pinto, mas foi liberada.
“A médica fez os primeiros atendimentos e disse que ela só estava com anemia e que poderia voltar para casa. Só que um dia depois ela piorou, voltou para o hospital e apenas falaram que era ansiedade pela perda do recém nascido”, relatou a mãe da vítima.
A família informou que a jovem tentou o atendimento pela segunda vez no hospital e, mais uma vez, voltou para casa. Na terça-feira (11), Giovana procurou uma clínica particular também em Rorainópolis, onde foi diagnosticada com pneumonia e água nos pulmões.
“Então, passaram medicação e a mandaram para casa. Quando ela viu que não estava tendo resultado no hospital, ela foi para uma clínica particular e fez uma ultrassom no qual deu pneumonia e água no pulmão”, ressaltou Maria.
Após o diagnóstico, a jovem foi encaminhada de volta ao Hospital de Rorainópolis para receber atendimento de urgência. Ela ficou internada por cerca de três dias.
A mãe conta que o quadro da jovem piorou na noite da quinta e a equipe médica decidiu transferi-la para para o HGR, em Boa Vista, distante cerca de 250 Km.
No trajeto, Giovana estava acompanhada somente de um técnico em enfermagem, passou mal e a foi levada para o hospital de Caracaraí, antes de chegar na capital, onde morreu.
“Isso é negligência médica, é pouco caso com as pessoas dentro daquele hospital”, lamentou a mãe. O corpo de Giovana foi enterrado em Rorainópolis ontem, dia 14.