Moradores de Pacaraima, fronteira Norte do Brasil com a Venezuela, foram às ruas, hoje à tarde, dia 25, e protestaram contra a violência. A morte de um comerciante, na madrugada de hoje, foi o estopim para a manifestação. A entrada da cidade foi fechada pelos moradores, que colocaram fogo em pneus e pedaços de pau.
A onda de violência é atribuída aos venezuelanos, que cruzam a fronteira todos os dias. Ele chegam ao milhares, famintos, desempregados e desabrigados. O crime organizado do país vizinho também vem junto.
Durante a passeata, os brasileiros atiraram fogos de artifício nos venezuelanos. Houve correria e o clima ficou tenso. A PM destacou mais policiais para o município, mas os ânimos continuam acirrados.
A PF, PRF e até o Exército Brasileiro já foram informados pela PM sobre a situação, e podem agir a qualquer momento, caso o clima continue tenso.
“Não aguentamos mais. Os venezuelanos chegam aqui e assaltam, vendem drogas e matam. Nosso município virou um inferno. Não temos paz. Sequer conseguimos hoje dormir sossegados. Chega, não aguentamos mais!”, desabafou uma moradora.
Estopim
O comerciante Dejalma Alves morreu após ser esfaqueado em seu bar. Dois venezuelanos levaram apenas garrafas de bebida.
Onda de violência
A entrada de venezuelanos em Pacaraima fez disparar o número de furtos, roubos e homicídios. O tráfico de drogas aumentou também no município.
Esta não é a primeira vez que Pacaraima registra manifestações. Em agosto de 2018, venezuelanos bandidos foram expulsos do município, após assaltarem um comerciante. À época, o Exército informou que mais de 1.200 venezuelanos retornaram a Venezuela após as manifestações.
A 215 km de Boa Vista, Pacaraima é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil. O país vizinho, comandado pelo ditador Nicolas Maduro, vive um colapso econômico e humanitário.