Ação integrada dos tiras do 3º DP e GRI (Grupo de Resposta Imediata) elucidou um furto a um grande supermercado, localizado no bairro Cidade Satélite, zona Oeste de Boa Vista, ocorrido na madrugada do último dia 19 de outubro. O crime, que resultou na subtração de um cofre com R$ 23 mil, foi orquestrado por funcionários do setor de segurança do próprio estabelecimento.
Uma supervisora do supermercado registrou um Boletim de Ocorrência no 3º DP. Ela tomou ciência do furto ao retornar ao trabalho pela manhã, informada pelo vigilante da empresa de monitoramento, que durante a madrugada o estabelecimento havia sido alvo de ladrões e que o cofre fora retirado da gerência, com acesso facilitado pela janela do banheiro. Além dos danos materiais, o DVR de monitoramento foi destruído, dificultando a coleta de provas iniciais.
As investigações foram coordenadas pelo delegado do 3º DP, Matheus Fraga Lopes, e avançaram quando um veículo Voyage branco foi identificado nas proximidades do local, levando os policiais ao proprietário, W.N.A, de 30 anos.
Segundo o delegado, ao ser interrogado, W.N.A. confessou o crime e revelou a participação de outros envolvidos, entre eles E.S.P., de 30 anos, e P.H.L.A, de 23, ambos responsáveis pela segurança do supermercado.
E.S.P, que admitiu o crime, detalhou o plano e os passos da execução, apontando a casa de W.S.R, onde o cofre foi arrombado e o valor do furto foi dividido entre os integrantes do esquema. O cofre foi abandonado no bairro Operário, na ZO, e diligências estão em andamento para localizar W.S.R, que ainda não foi interrogado. O cofre, entretanto, até o momento não foi recuperado.
E.S.P. revelou ainda que as informações sobre a localização e o conteúdo do cofre foram repassadas por E.M.B, de 29 anos, gerente da empresa de segurança contratada pelo supermercado. Com acesso a todas as lojas, E.M.B. teria conhecimento das disposições de segurança de cada unidade.
No decorrer das investigações, E.S.P admitiu o envolvimento e confessou ter recebido R$ 800 pelo apoio logístico. As investigações apontaram que o total subtraído, R$ 23 mil, foi dividido entre os integrantes, sendo que E.S.P., W.N.A. e W.S.R. ficaram com R$ 6 mil cada, P.H.L.A com R$ 3 mil e E.M.B com R$ 2 mil.
De acordo com o delegado Matheus Fraga Lopes, o trabalho investigativo permitiu identificar com clareza os autores, a participação individual de cada um e todos os detalhes da dinâmica do crime. A Polícia Civil segue em diligências para concluir o caso com a localização de W.S.R., último suspeito ainda não ouvido, bem como para saber se o grupo foi responsável por outros furtos.
“Iniciamos as investigações a partir das diligências feitas pelo GRI e identificamos os suspeitos que, interrogados, assumiram a autoria do crime. As investigações continuam para a localização do outro co-autor, bem como para esclarecer a relação e a dinâmica do grupo criminoso”, disse o delegado.