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Foto: Jardeson Pinho
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A professora doutora Simone Batista, da UFRR, falou do curso de Pedagogia Intercultural que será ministrado na sede do Uiramutã
INTERCULTURAL

Doutora da UFRR dá detalhes do curso de Pedagogia

A professora doutora Simone Batista, da UFRR, deu detalhes do curso de Pedagogia Intercultural

A professora doutora Simone Batista, da UFRR, discursou em seguida. Ela deu detalhes do curso de Pedagogia Intercultural para professores indígenas na sede do Uiramutã.

“Percebemos que era preciso fazer educação in loco. O curso aqui terá uma turma com 33 vagas. Pacaraima terá 34 vagas e Normandia terá 33. Haverá uma seleção dos cursistas professores ou alunos que estejam saindo do Ensino Médio. Faremos um seletivo e a previsão é começarmos em junho ou agosto deste ano. A proposta é fazer educação respeitando a diversidade dos povos tradicionais”, explicou Simone.

A previsão, segundo a professora doutora, é que a CAPES lance novas turmas no Uiramutã no final deste ano. O curso terá 3.345 horas de aula, de segunda a sábado, e se estenderá por nove semestres.

“Mas é preciso que o aluno tenha compromisso de estar aqui. Não pode haver evasão, pois se isso ocorrer, a CAPES deixará de receber os recursos financeiros do projeto. Portanto, é preciso ter responsabilidade”, alertou Simone.

Sobre a importância do inédito curso no Uiramutã, a professora afirmou que o aluno tem que ter a responsabilidade com sua comunidade para, assim, dar continuidade à cultura e ancestralidade do seu povo.

“A proposta é formar o aluno e depois ele ajudar sua comunidade a se desenvolver. Precisamos saber que Uiramutã queremos daqui a 10, 20 anos. Este curso tem também este desafio: de olhar para a 1ª infância. Portanto, o desafio é não desistir. O sucesso do curso está nas mãos de vocês”, concluiu Simone.

Educação especial – A professora doutora Catarina Padilha, também da UFRR, deu outra boa notícia. Ela anunciou que Uiramutã terá o 1° curso de Educação Especial voltado exclusivamente aos povos originários de Roraima. Apenas na rede estadual de ensino, informou Catarina, são 297 alunos especiais matriculados, fora os alunos da rede municipal.

“O curso terá 3.658 horas de aula e durará nove semestres. A CAPES abriu 30 vagas paras os municípios de Uiramutã, Pacaraima e Normandia. Essa licenciatura é uma forma de agradecimento a esses povos originários”, ressaltou.

Ainda discursando, Catarina também falou da importância dos livros didáticos que serão produzidos pelos povos originários. Segundo ela, eles terão o mesmo peso dos demais livros produzidos pelo MEC (Ministério de Educação e Cultura). “Daí a grande responsabilidade na hora da elaboração desses livros”, concluiu.

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