“Homens de preto” da Federal, agente do Ibama e milicos das Forças Armadas estão detonando a tralha dos garimpeiros que atuam de forma criminosa na terra Yanomami em Roraima. A ação ocorre desde segunda passada, dia 25, e deve seguir até o fim desta semana.
Homoxi é uma das regiões onde ocorre a operação. A reserva é dominada por garimpeiros. Lá, até o posto de saúde deixou de funcionar porque servidores da saúde eram ameaçados. A pista de pouso também foi tomada pelos garimpeiros.
A outra região onde houve destruição de equipamentos foi no “Arame”, em Alto Alegre, uma das rotas usadas pelos garimpeiros para chegar os acampamentos instalados na mata.
Maior do País
Maior reserva indígena do país, a Yanomami é alvo constante de garimpeiros que de lá tiram ouro e cassiterita. A ação impacta diretamente na vida dos indígenas, os mais afetados pela destruição ambiental causada pela exploração criminosa.
Na operação foram destruídas balsas, tratores e maquinários usados pelos garimpeiros. A estimativa é que mais de 20 mil garimpeiros atuam ilegalmente na reserva, onde vivem mais de 28 mil indígenas Yanomami.
“Rebu” – A batida federal deixou os garimpeiros mordidos da vida, incluindo o higiênico deputado estadual George Melo, autor da indecente lei 1.701, que impede a destruição de equipamentos de garimpeiros em Roraima.
Nas redes sociais, integrantes do Movimento Garimpo é Legal e o próprio deputado estiveram na sede do Ibama, em Boa Vista, questionando a atuação dos servidores que atuam nas fiscalizações.
Logo, o MP Federal considerou que a lei é inconstitucional e pediu que a Procuradoria Geral da República (PGR) entrasse com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).