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civil investiga
Tiras da DGH investigam suposto grupo de extermínio em Roraima
EM RORAIMA

DGH investiga grupo de extermínio

PM’s revidam, metem bala e matam vagabundo, dono de uma boca de fumo no bairro São Bento; e se um policial tivesse morrido?

Titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), o delegado João Evangelista disse ontem, dia 17, que investiga a existência de milícia e grupo de extermínio em Roraima formado por policiais militares.

O delegado deu a informação após a operação Janus, que resultou na prisão de policiais militares investigados pela morte de Pedro Henrique Reis de Moura, de 18 anos.

Tiras da Civil cumpriram ontem cinco mandados na infernal BV City. Dois dos investigados tiveram suas prisões decretadas por 30 dias. Contudo, um terceiro suspeito está fora do Estado e pode ser preso a qualquer momento.

O delegado destacou que há fortes elementos apontando que no dia 14 de dezembro de 2023, uma guarnição da PM, formada por um sargento e dois soldados, invadiu uma casa no bairro São Bento e, em seguida, matou o vagabundo do Pedro Henrique com dois balaços bem em cima das “peitholas”.

Conforme Evangelista, a operação Janus busca esclarecer a verdade sobre os casos de mortes violentas ocorridas por intervenção policial. Ele citou ainda a existência de milícia, assim como de um grupo de extermínio em Roraima.

“São casos com indicativos de execuções ocorridas no interior de residências. Outras investigações também buscam o esclarecimento de eventual milícia instituída no estado de Roraima e grupo de extermínio formado por policiais militares”, disse.

Casos semelhantes

No caso de Pedro Henrique, conforme o inquérito, os policiais estacionaram a viatura em uma casa antes da residência do alvo.

Os militares explicaram em depoimento que faziam patrulhamento pelo bairro São Bento quando populares os pararam e denunciaram uma ‘boca de fumo’ no referido endereço.

Ao chegar no local, conforme a versão dos policiais , Pedro Henrique, vulgo “Bigode”, teria corrido para dentro de residência e um deles foi atrás. Eles alegam que o vagabundo meteu bala de dentro de um quarto, momento em que adentraram e também atiraram, atingindo o fuleiro no peito.

Por outro lado, segundo a versão das testemunhas, os policiais chegaram à casa perguntando por drogas e armas. Uma das testemunhas relatou que um dos militares chegou a falar para ao boqueiro que tinha chegado a sua hora.

Outra testemunha afirmou que teve o celular tomado pelos PMs para não filmar a ação. Além disso, os policiais teriam levado o fuleiro do Pedro Henrique para dentro da casa e logo depois as pessoas que estavam do lado de fora ouviram cerca de 10 disparos de arma de fogo. Depois a viatura encostou de ré no terreno e os policiais colocaram a vítima no camburão e o levaram ao HGR.

Imagens das câmeras do Pronto Socorro mostram o momento em que a viatura chega no local. Os policiais colocam o corpo do jovem na maca, mas os médicos constataram que o Bigode já estava “mortinha da Silva” (menos um vagabundo para atacar o cidadão trabalhador.

De acordo com o inquérito, outros dois casos semelhantes ocorreram em outubro e dezembro de 2023 e estão sob investigação.

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